Nossa capa é comemorativa!
No dia 13 de abril, o MEC e a CAPES anunciaram que a Plataforma da Educação Básica, a mais importante ferramenta de gestão dos programas de formação de professores, voltou a ser nomeada Plataforma Paulo Freire, patrono da educação brasileira legitimado pela Lei nº 12.612/12. Nada mais justo e reconfortante para nós professores.
A EENCI tem recebido e publicado artigos de experiências nas salas de aula de todo o Brasil, de países vizinhos e do continente africano, portanto, tem construído em suas páginas um retrato da educação científica no nosso tempo. Seguramente, afirmamos que nós professores somos inquietos, sempre buscando caminhos que favoreçam a aprendizagem dos nossos alunos. Subjacente a essa inquietude e ao trabalho docente está a valorização da educação como prática da liberdade, título do livro homônimo de Paulo Freire, cujo trecho transcrevemos a seguir:
Insistimos, em todo corpo de nosso estudo, na integração, e não na acomodação, como atividade da órbita puramente humana. A integração resulta da capacidade de ajustar-se à realidade acrescida da de transformá-la, aqui se junta a de optar, cuja nota fundamental é a criticidade. À medida que o homem perde a capacidade de optar e vai sendo submetido a prescrições alheias que o minimizam e as suas decisões já não são suas, porque resultadas de comandos estranhos, já não se integra. Acomoda-se. Ajusta-se. O homem integrado é o homem sujeito. A adaptação é assim um conceito passivo – a integração ou comunhão, ativo. Esse aspecto passivo se revela no fato de que não seria o homem capaz de alterar a realidade, pelo contrário, altera-se a si para adaptar-se. A adaptação daria margem apenas a uma débil ação defensiva. Para defender-se o máximo que faz é adaptar-se. Daí que a homens indóceis, com âmbito revolucionário, se chame de subversivos. De inadaptados.
Paulo Freire, Educação como prática da liberdade.