FRANKENSTEIN: LEITURAS DE FICÇÃO CIENTÍFICA EM AULAS DE BIOLOGIA

Frankenstein: science fiction reading in Biology classes

  • Raquel Mayne Rodrigues Universidade de São Paulo (USP)
  • Vânia Galindo Massabni Universidade de São Paulo (USP)
Palavras-chave: Ensino de ciências; literatura; ficção científica; sequência didática; ensino de biologia

Resumo

Neste estudo, escolheu-se uma obra clássica e pioneira da ficção científica, Frankenstein, de Mary Shelley, para investigar os desafios para a articulação da ficção científica com conteúdos curriculares de Biologia, com valorização do ato de ler, em uma turma de Ensino Médio. Trata-se de pesquisa qualitativa, em que sete aulas foram planejadas em uma sequência didática (SD), as quais envolveram a leitura de Frankenstein em aula, debate, análise de reportagem (revista FAPESP), reescrita, entre outras atividades, registradas em diário de aula. Os estudantes responderam a dois questionários, no início e ao final da SD. Os temas manipulação genética, métodos e limites éticos da Ciência foram tratados na ficção e pesquisas atuais. A sequência didática foi bem recebida pelos alunos e a articulação entre a Ciência “real” e a imaginação pela ficção proporcionou reflexões sobre fronteiras e possibilidades de pensar o impacto da ciência na vida, as quais foram novas e, portanto, relevantes para eles. 

Biografia do Autor

Raquel Mayne Rodrigues, Universidade de São Paulo (USP)

Mestranda no Programa Interunidades em Ecologia Aplicada (PPGI-EA) pela Universidade de São Paulo (USP), Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (ESALQ) e Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA). Bacharela e Licenciada em Ciências Biológicas (2019) pela Universidade de São Paulo (USP) - Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (ESALQ). Foi aluna de Iniciação Científica no Laboratório de Radiobiologia e Ambiente do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA-USP), trabalhando com criação e radiação (Técnica do Inseto Estéril) de mosquitos Aedes Aegypti e Aedes Albopictus, de 2016 a 2019. Integrante do Grupo de Estudos Desafios da Prática Educativa (GEDePE) - Universidade de São Paulo (USP) - ESALQ.

Vânia Galindo Massabni, Universidade de São Paulo (USP)

Possui graduação em Ciências Biológicas (Licenciatura e Bacharelado), mestrado em Educação Para a Ciência (2000), doutorado em Educação Escolar (2005), pela UNESP e pós-doutorado em Currículo pela Universidade do Minho (Portugal/2017). Atualmente é professor doutor da Universidade de São Paulo (ESALQ), onde coordena o grupo de pesquisa e extensão GEDePE (Grupo de Estudos Desafios da Prática Educativa). Investiga a formação docente na Licenciatura e pós graduação (Programa PAE) e orienta no Programa de Pós-graduação em Ecologia Aplicada (ESALQ/CENA), na linha Educação, e no ProfCiamb/USP. Membro da International Study Association on Teachers and Teaching (ISATT). Tem experiência na área de Educação e Ensino de Biologia, com ênfase na linha Ensino-Aprendizagem, desenvolvendo pesquisas relacionadas às contribuições piagetianas para compreensão do trabalho educativo e do pensamento e ação docente, em especial seu desenvolvimento profissional. Aborda principalmente os seguintes temas:prática pedagógica, ensino e aprendizagem, contextos e desenvolvimento profissional, formação de professores (Licenciatura/estágios), resolução de problemas, meio ambiente e sustentabilidade na prática docente, ensino de Biologia, atividades práticas e materiais didáticos no ensino de Ciências, trabalho docente, construtivismo, política educacional, metodologia de ensino.

Publicado
2022-12-26
Edição
v. 17 n. 3 (2022): Experiências em Ensino de Ciências
Seção
Artigos

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