AULAS PRÁTICO-EXPERIMENTAIS COMO DIDÁTICA POTENCIALIZADORA DO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DE CIÊNCIAS DA NATUREZA: ESTUDO DE CASO EM ESCOLAS DE ARACAJU E SÃO CRISTÓVÃO - SERGIPE

estudo de caso em escolas de Aracaju e São Cristóvão – Sergipe

  • Marcus Aurélio D'Alencar Mendonça UFS/CESAD
  • Adauto de Souza Ribeiro UFS/DECO
Palavras-chave: Ensino de Ciências, Estratégias de ensino, Aulas práticas, Escola pública, Formação inicial de professores

Resumo

Dentre as possibilidades do trabalho educativo em Ciências concorrem distintas estratégias didáticas no processo de ensino-aprendizagem às quais podem contrapor uma ênfase na exposição teórica dos conteúdos curriculares fornecida pelo(a) professor(a) a uma adoção de atividades teórico-práticas desenvolvidas com os estudantes como estratégia para a aprendizagem científica dos fenômenos socionaturais. Nesse sentido, a presente investigação objetivou averiguar o potencial de aulas práticas-experimentais enquanto caminho para construção de conhecimentos científicos em Ciências da Natureza (Biologia) com estudantes dos anos finais (8º e 9º anos) do Ensino Fundamental da rede pública estadual da Educação Básica de Sergipe. As ações foram realizadas entre os anos letivos de 2018 e 2019 durante os estágios curriculares de Licenciatura Plena em Ciências Biológicas – modalidade à distância (EaD) – da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e participação no Programa de Residência Pedagógica/CAPES e abordaram conteúdos de Citologia e dos Sistemas Digestório, Respiratório e Cardiovascular. Participaram do estudo cerca de 170 estudantes pertencentes a seis turmas, cada professor responsável pela disciplina de Biologia em duas escolas e dois docentes da UFS. A análise qualitativa deste estudo de caso deu-se a partir de teorias psicogenéticas e de pedagogias críticas. A observação da regência de classe de ambos os professores revelou a adesão à pedagogia liberal tradicional via aulas expositivas com suporte da lousa, do livro didático e da resolução de exercícios para fixação de conteúdos; coincidente com os relatos dos estudantes de estarem acostumados a métodos educacionais passivos. Enquanto que os atos educativos praticados, em contrapartida, resultaram em maior participação e envolvimento dos estudantes, o que se atribui ao despertar da curiosidade, interação social e desequilíbrio desafiador em suas “zonas de conforto”. Por fim, sugere-se que práticas e experimentos – simples e de baixo custo como os apresentados – são incontornáveis para a consecussão dos objetivos de ensino em Ciências nas escolas, mesmo que desprovidas de laboratório próprio.

Publicado
2023-12-18